As complicações relacionadas ao procedimento da traqueostomia são frequentes. Podemos classificá-las de acordo com o momento em que ocorrem em:
✅ Intraoperatórias;
✅ Precoces (na primeira semana após o procedimento);
✅ Tardias;
✅ Pós-decanulação.
Sobre as complicações
As complicações intraoperatórias são raras e variam desde dessaturação até parada cardiorrespiratória.
As complicações precoces incluem sangramento, obstrução da cânula (por tampão de muco), erosão no estoma (na abertura da traqueostomia) e infecção no local da traqueostomia. A decanulação acidental também pode ocorrer, o que pode levar ao mal posicionamento da cânula ou à formação de um falso trajeto. Vazamento de ar, gerando pneumotórax, pneumomediastino e enfisema subcutâneo também são descritos na literatura.
Com relação às complicações tardias, podemos destacar o tecido de granulação na traqueia ou na área do estoma. É a complicação mais comum, relacionada à traqueostomia. Os granulomas pequenos a moderados, assintomáticos, podem ter um manejo expectante. Já os granulomas maiores e/ou sintomáticos normalmente são tratados cirurgicamente.
Podem ocorrem, também tardiamente, colapso supraestomal (por inflamação da parede da traqueia, decorrente da pressão exercida pela cânula da traqueostomia sobre a mesma), traqueíte e traqueomalácia, além de obstrução por tampão mucoso, decanulação acidental, sangramento, estenose subglótica e fístula entre a traqueia e a artéria inominada.
Veja também: Cuidados com a Traqueostomia
Após a decanulação, é esperado que o traqueostoma cicatrize por segunda intenção (espontaneamente, sem a realização de sutura no local). Esse processo pode resultar na formação de cicatrtiz hipertrófica ou retração cicatricial. Talvez a complicação mais frequente após a decanulação seja a persistência da fístula traqueocutânea (comunicação entre a pele e a traqueia). Para seu tratamento, caso não feche espontaneamente, é necessária intervenção cirúrgica.
Embora as mortes relacionadas à traqueostomia sejam incomuns, a obstrução da cânula por tampão mucoso, a decanulação acidental e o mau posicionamento da cânula em falso trajeto podem aumentar a morbidade e a mortalidade, particularmente após a alta hospitalar do paciente.
A prevenção desse eventos inesperados depende de um planejamento de alta cuidadoso e da orientação dos cuidadores, bem como da avaliação do ambiente domiciliar e das estruturas de suporte necessárias.
Procure sempre um grupo especializado para conversar sobre a traqueostomia, possíveis complicações, acompanhamento adequado, tipos de cânulas (são inúmeras no mercado) e acima de tudo, ganhe confiança para conviver com uma criança traqueostomizada.
Outras Informações
Nosso grupo realiza este procedimento e está à disposição para qualquer esclarecimento sobre a traqueostomia. Entre em contato por Whatsapp (21) 2612-2288, email contato@aeroped.com.br ou em nossos telefones na área de contato.
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